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PAROTIDITE EM CRIANÇAS: ALÉM DOS HORIZONTES DA CAXUMBA

Autor Principal

Gislayne da Silva Oliveira

Autores

Camila Braga de A. Medeiros, Nathan P. de Oliveira, Rafaella D. Souto, Natália A. Brito, André Lucas de J. Santos, Thayná Yasmin de S. Andrade, Yaly Reboucas C. Bastos, Marina Targino B. Alves

Instituições

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Introdução

A síndrome de Sjogren (SJ) é uma doença autoimune que acomete as glândulas exócrinas, destruindo-as em virtude da inflamação crônica, sendo conhecida como síndrome sicca. É comum em adultos, mas rara em crianças, com cerca de 1,3% dos casos diagnosticados antes dos 18 anos. Nessa população, a apresentação clínica costuma fugir da xeroftalmia e xerostomia dos adultos, sendo a parotidite de repetição um importante espectro da doença.

Métodos

Adolescente, 11 anos, admitida em enfermaria por quadro de febre e aumento mandibular há 4 dias. Foi observado abaulamento pétreo e bilateral de parótidas, mais importante à direita, com extensão até região pré-auricular, impossibilitando abertura da cavidade oral. Otoscopia e oroscopia normais. A criança fazia seguimento com reumatologista por SJ, em tratamento com hidroxicloroquina e tacrolimus colírio. A genitora referia que os abaulamentos da região eram comuns, mas que regrediram rapidamente e não eram acompanhados de febre. Os exames iniciais possuía leucocitose com aumento de PCR e amilase de 457. Foi instituído tratamento com ceftriaxona e sintomáticos, mas sem melhora clínica. No 2° dia, institui-se corticoterapia com prednisona, tendo boa resposta clínica. Recebeu alta no 5° dia com amoxicilina-clavulanato e prednisona para concluir 7 dias de uso, além de retorno precoce para reumatologista.

Resultados

Apesar da raridade da SJ em crianças, é consensual que a parotidite precede em anos a síndrome sicca, sendo uma marca do acometimento pediátrico (66% dos casos versus 33% dos pacientes adultos). É comum o inchaço cíclico da glândula, com dificuldade de mastigação e apagamento do ângulo mandibular, podendo acometer as glândulas salivares submandibulares. O tratamento das crises não é bem definido, podendo realizar corticoide de resgate, embora o ideal seja o ajuste de medicação modificadora de doença. Quanto ao diagnóstico diferencial da criança com parotidite, vale relembrar que a maioria é infecciosa, sendo a caxumba a principal causa. Outra diagnóstico é a parotidite recorrente juvenil, marcada por parotidite recorrente, geralmente unilateral e sem acometimento sistêmico da SJ. Vale mencionar, ainda, Lúpus Eritematoso Sistêmico e malignidades como possibilidades menos comuns. Na SJ, a maioria das crianças tem FAN positivo, mas anti-Ro (74-83% dos casos) e anti-La (40-65% dos casos) são menos sensíveis nessa faixa. A positividade do Fator Reumatoide tem correlação com presença de parotidite.

Conclusão

Em crianças com histórico de parotidites de repetição, deve-se buscar etiologias não infecciosas como causa base, sendo a SJ uma das doenças a ser pesquisada, dada sua crescente incidência na pediatria.

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