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Alergia à Proteína do Leite de Vaca na Infância: Desafios no Diagnóstico e Manejo clínico na atenção básica

Autor Principal

Maria Madalena de Jesus Sales

Autores

Lara Bianca Freires de Andrade - laarab.a@hotmail.com Vera Lúcia Silva Bezerra - vereba13@gmail.com Vanessa Pache da Rosa - vjjcano@yahoo.com.br

Instituições

Universidade Potiguar - UNP

Introdução

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma das principais causas de alergia alimentar na infância, com manifestações clínicas variadas,que podem incluir distúrbios gastrointestinais, dermatológicos e respiratórios. O diagnóstico precoce é essencial para promover qualidade de vida à criança e de sua família. Entretanto, na atenção básica, profissionais enfrentam dificuldades devido à inespecificidade dos sintomas, à limitação de recursos diagnósticos e de acesso aos profissionais especialistas, além da orientação adequada aos familiares.

Objetivos

Este estudo buscou analisar os principais desafios enfrentados por profissionais da atenção primária no diagnóstico e manejo clínico da alergia à proteína do leite de vaca (APLV) na população pediátrica.

Métodos

Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, guiada pela estratégia PICo, realizada nas bases PubMed, Scopus e LILACS, utilizando o descritor “Cow's Milk Protein Allergy". Foram incluídos 11 estudos dos últimos dez anos, em português, inglês ou espanhol, que abordassem sobre o diagnóstico e manejo na população pediátrica. Excluíram-se estudos quantitativos biomédicos puros e publicações não disponíveis na íntegra.

Resultados

A partir dos estudos elegíveis, verificou-se que a diversidade de sintomas, associada à ausência de testes diagnósticos específicos, torna o diagnóstico da APLV impreciso, favorecendo o sobrediagnóstico e o uso inadequado de dietas de exclusão na atenção básica. Profissionais de saúde relataram dificuldades relacionadas à escassez de protocolos clínicos padronizados, à limitação no acesso a fórmulas especiais e à insuficiente capacitação para o manejo clínico e nutricional da condição. Além disso, os familiares demonstraram vivenciar impactos significativos de ordem educacional, emocional, financeira e social, decorrentes da necessidade de exclusão alimentar e das restrições impostas à rotina da criança e da família.

Conclusão

Diante disso, conclui-se que o diagnóstico e manejo da APLV na atenção básica permanecem desafiadores, principalmente em virtude da ausência de protocolos padronizados, limitações na aquisição das fórmulas especiais e a dificuldade de acesso a equipes multiprofissionais especializadas. Dada à forte influência de fatores nutricionais e do estigma associado à doença, reforça-se a necessidade de ampliar a educação em saúde, promover capacitações específicas, desenvolver diretrizes adaptadas à realidade da atenção primária, incluindo ampliação do acesso a recursos diagnósticos e terapêuticos, com implantação de um fluxo facilitado às equipes especializadas, de forma a garantir um cuidado integral e resolutivo. Tais medidas são essenciais para assegurar o diagnóstico precoce, o manejo adequado e a melhor qualidade de vida das crianças e de suas famílias.

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