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HIPOGAMA TRANSITÓRIA DA INFÂNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO PARA CONCLUSÃO DIAGNÓSTICA

Autor Principal

VITÓRIA DA SILVA FREITAS CAVALCANTE

Autores

MARIA JÚLIA ARAGÃO FERNANDES; ANA JÚLIA DE OLIVEIRA BEZERRA FERNANDES; SAMARA RAQUEL SOUSA DE OLIVEIRA; MARIA CECÍLIA GOMES DE FIGUEIREDO; TALES JOABE LIMA DA COSTA; LAURA JANNE LIMA ARAGÃO.

Instituições

UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP); FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ (FACENE/RN); UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN).

Introdução

A Hipogamaglobulinemia Transitória da Infância (HIT) é uma imunodeficiência primária caracterizada por níveis reduzidos de IgG nos primeiros meses de vida, com tendência à normalização até os 3 a 5 anos. Seus sintomas podem simular outras condições comuns na infância, como Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), tornando o diagnóstico um desafio clínico.

Objetivos

Relatar um caso de HIT, ressaltando a importância do acompanhamento para conclusão diagnóstica.

Métodos

Relato de caso baseado em dados clínicos, laboratoriais e de acompanhamento ambulatorial da paciente.

Resultados

A.M., lactente, sexo masculino, procedente do Rio Grande do Norte, no segundo mês de vida, apresentou quadro de eritrodermia difusa associado a diarreia persistente com muco, retardo do crescimento, palidez cutânea, lesões eczematosas em face e tórax, sibilância bilateral, abdome flácido e timpânico, sem visceromegalias, além de assadura anal moderada. Os exames mostraram leucopenia (4.600/mm³), teste para rotavírus negativo, os anticorpos anti-transglutaminase IgA e IgG não reagentes, e IgE total de 02 mg/dL. As IgEs específicas para alfa-lactalbumina, beta-lactoglobulina e caseína foram negativas. Foi levantada a hipótese diagnóstica de APLV não IgE mediada. Foi instituída dieta de exclusão para a mãe, com manutenção do aleitamento materno exclusivo. Entretanto, o lactente manteve os sintomas gastrointestinais, assadura perianal e falha no ganho de peso, sendo iniciada fórmula extensamente hidrolisada, sem melhora clínica. Confirmando o diagnóstico de imunodeficiência humoral, iniciando gamaglobulina endovenosa, tratamento o qual fez por 2 anos com resposta clínica satisfatória e evolução de crescimento.

Conclusão

A HIT pode se manifestar com sintomas inespecíficos e similares a outras condições, como APLV. O diagnóstico tardio pode retardar o tratamento adequado. A resposta insatisfatória à dieta de exclusão e os achados laboratoriais foram cruciais para suspeita de imunodeficiência passageira ao longo do crescimento e desenvolvimento. O seguimento permitiu identificar a transitoriedade da hipogamaglobulinemia, evitando tratamentos desnecessários e promovendo melhor qualidade de vida. O caso reforça a importância do diagnóstico diferencial em quadros refratários na infância e do seguimento especializado para confirmação de HIT, destacando o olhar clínico ampliado para imunodeficiências primárias que podem ser transitórias no início da vida.

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