Nivia Maria Rodrigues Arrais
Clara Uchôa Leite Santana Anna Letícia Barros Queiroz Leonardo Patrick de Almeida Pereira Gabriela Moura Maximo Maria Eduarda Fernandes Rocha Joanny Michelle dos Santos Lima Fernanda Ribeiro de Oliveira Bezerra Claudia Rodrigues Souza Maia Viviane Borges de Araújo Pinheiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Potiguar
A mortalidade neonatal persiste como um desafio na saúde pública, no entanto, avanços na assistência têm aumentado a sobrevida de recém-nascidos de extremo baixo peso (RNEBP), gerando desafios na assistência dessa população vulnerável. No Rio Grande do Norte (RN), a mortalidade neonatal diminuiu de 8,85 para 8,22 entre 2005 e 2014, e o coeficiente de mortalidade do RNEBP, entre 2019 e 2023, foi de 3,87/1000 nascidos vivos e se equipara ao nacional. Conhecer os componentes da mortalidade neonatal pode auxiliar na construção de intervenções que impactem nesses coeficientes.
Analisar os coeficientes de mortalidade neonatal precoce e tardio de RNEBP no RN, nos municípios com e sem Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).
Este estudo descritivo analisou dados do DATASUS da mortalidade de RNEBP no RN entre 2019 e 2023, dos municípios com e sem UTIN. Foram avaliados os coeficientes de mortalidade neonatal precoce, tardio e pós-neonatal, em relação ao município de ocorrência do óbito.
A mortalidade neonatal precoce foi elevada em todos os municípios avaliados, destacando-se aqueles sem UTIN, onde dos 49 óbitos, 48(97,96%) ocorreram em até 6 dias. Nos municípios com UTIN a distribuição da mortalidade precoce (0-6dias), tardia (7-27dias) e pós-neonatal (28-364dias) foi, respectivamente: Natal: 76,90%; 14,90% e 8,20%, Parnamirim: 83,78%; 8,10% e 8,10%, Mossoró: 70,83%; 21,52% e 7,63% e Santa Cruz: 90,47%; 4,76% e 4,76%.
A ausência de UTIN impacta drasticamente a sobrevida do RNEBP no RN, com 97,96% dos óbitos, ocorrendo antes dos seis dias de vida nos municípios sem esse suporte necessário. Em municípios com UTIN, embora a maioria dos óbitos também ocorra nos primeiros seis dias, a sobrevida é maior, podendo refletir o impacto dos cuidados intensivos. A análise da mortalidade de RNEBP, sobretudo da precoce, sublinha a urgência de intervenções nesse período. A alta taxa de mortalidade na primeira semana, principalmente em municípios sem UTIN, ressalta a necessidade de melhorar as condições de parto, reanimação neonatal e na UTIN. A análise epidemiológica é vital para embasar políticas públicas e ações de saúde no RN, visando reduzir a mortalidade. Isso exige acompanhamento rigoroso dos serviços de saúde e gestão, considerando fatores epidemiológicos e sociodemográficos. Assim, a melhoria contínua da atenção perinatal é essencial para aumentar a nossa sobrevida de RNEBP.
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