Anne Letícia Gadelha Braga
Ana Beatriz de Freitas Moreira, André Luiz Barros Almeida, Dannyelly Hylnara de Sousa Cavalcante Maia, Fábia Cheyenne Gomes de Morais, Fernanda de Oliveira Paula, Iury Daniel Souza de Oliveira, Hiara Cássia Fernandes Pontes, Rodrigo Ícaro Nóbrega de Medeiros, Suzane Gonçalves da Silva
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente de alta complexidade onde profissionais de saúde enfrentam diariamente desafios técnicos, emocionais e éticos no cuidado de recém-nascidos em estado grave. A rotina da UTIN, caracterizada pela constante pressão por decisões rápidas e pelo acompanhamento de pacientes em risco iminente de morte, cria um ambiente propício ao desenvolvimento de estresse e desgaste emocional. Nesse contexto, a saúde mental dos residentes em pediatria, que estão em formação e frequentemente lidam com as situações mais críticas da prática médica, torna-se uma questão de crescente importância
Relatar a experiência na residência de pediatria em um cenário de UTI neonatal, explorando os desafios emocionais vivenciados e o impacto dessa rotina intensa na saúde mental dos residentes
Este estudo adota uma abordagem qualitativa, com foco na análise das experiências e percepções dos residentes, baseando-se nas vivências na UTI neonatal de uma maternidade de média complexidade no interior do Rio Grande do Norte
Apesar da presença de equipes bem preparadas e de uma estrutura tecnicamente adequada nas UTIs neonatais, muitos residentes enfrentam desafios emocionais intensos no manejo de prematuros extremos. A gravidade dos quadros clínicos, associada à imprevisibilidade dos desfechos, frequentemente provoca uma sensação de incapacidade e sobrecarga emocional. Essa realidade se traduz em impactos diretos na saúde mental, como episódios de ansiedade, cansaço extremo, sentimentos de frustração e dúvidas sobre a própria competência profissional, sobretudo, devido à constante tensão e à necessidade de estar sempre alerta para lidar com emergências
Como profissionais em formação, vivenciar a rotina da UTIN traz uma sensibilidade ampliada diante dos desfechos negativos, que impactam profundamente nossa saúde mental e emocional. Torna-se, portanto, fundamental que haja um suporte psicológico contínuo e acessível, oferecendo acolhimento e ferramentas para lidar com esses desafios emocionais. O cuidado com a saúde mental dos residentes é essencial não apenas para o nosso bem-estar pessoal, mas também para garantir uma atuação profissional mais equilibrada, humana e eficaz no cuidado aos pacientes
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