Cláudia Rodrigues Souza Maia
Nivia Maria Rodrigues Arrais Clara Uchôa Leite Santana Anna Letícia Barros Queiroz Joanny Michelle dos Santos Lima Maria Eduarda Fernandes Rocha Leonardo Patrick de Almeida Pereira Gabriela Moura Maximo Fernanda Ribeiro de Oliveira Bezerra Viviane Borges de Araújo Pinheiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Potiguar
A mortalidade neonatal é um importante indicador da qualidade da atenção materno-infantil e representa um desafio à saúde pública. A prematuridade, sobretudo associada aos recém-nascidos com peso ao nascer abaixo de 1000g (RNEBP), é uma das principais causas de mortalidade neonatal, porém, com os avanços nos cuidados, a sobrevida deles tem aumentado e com isso nova preocupação surge, à medida que demandam capacitação da atenção intra-hospitalar e do seguimento ambulatorial. Logo, estudos sobre a sobrevida do RNEBP são cruciais para identificar necessidades locais e aprimorar políticas públicas e o cuidado neonatal.
Analisar a sobrevida dos RNEBP no Rio Grande do Norte (RN), em relação ao panorama nacional, entre 2019 e 2023, por meio da avaliação dos coeficientes de mortalidade neonatal.
Trata-se de um estudo descritivo, baseado em dados secundários obtidos pela plataforma DATASUS. Foram avaliados os coeficientes de mortalidade neonatal dos RNEBP, entre 2019 e 2023 do RN e comparados com as regiões Nordeste, Sudeste, Sul e com o Brasil. A análise consistiu na descrição de frequências absolutas e relativas e da utilização do coeficiente de mortalidade para os nascidos vivos (NV) com peso ao nascer < 1000g.
Entre 2019 e 2023, nasceram no Brasil 88.061 (0,66% dos NV), no Nordeste 25.372 (0,68% dos NV), no Sudeste 36.558 (0,72% dos NV), no Sul 11.137 (0,61% dos NV) e no RN 1.458 (0,68% dos NV) RNEBP. O coeficiente médio de mortalidade neonatal desse grupo foi 3,76 no Brasil, 3,97 no Nordeste, 3,95 no Sudeste, no Sul 3,34 e no RN 3,87 por 1.000 NV. Ao analisar cada ano individualmente, observa-se que no Brasil, nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e no RN, os coeficientes se mantiveram estáveis e a região Sul apresentou os menores durante o período analisado.
A frequência de nascimentos em RNEBP foi semelhante no RN e demais regiões do país, sugerindo uniformidade na assistência pré-natal. Quanto aos coeficientes de mortalidade neonatal, o RN se assemelha ao Nordeste, Sudeste e Brasil, indicando sobrevida comparável. Diante disso, observa-se que os RNEBP estão sobrevivendo e demandarão cuidados intra-hospitalares e seguimento ambulatorial especializado. Assim, conhecendo essa sobrevida, surge nova preocupação com a assistência pós-natal e os desfechos e necessidades dessa população e de suas famílias. Por fim, conhecendo essa população melhor, será possível aprimorar os cuidados para promover a inclusão e qualidade de vida dos RNEBP.
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