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Perfil socioeconômico de famílias com crianças acometidas pela Síndrome Congênita pelo vírus Zika

Autor Principal

Nivia Maria Rodrigues Arrais

Autores

Maria Helena Soares Marinho, Thiago Raniere Rios Garcia, Claudia Rodigues Souza Maia, Raimundo Franscico de Amorim Junior

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Introdução

A epidemia do vírus Zika no Brasil gerou impactos duradouros, sobretudo com o surgimento da Síndrome Congênita pelo vírus Zika (SCZ). Além das graves repercussões na saúde infantil, a síndrome impôs desafios significativos às famílias, especialmente àquelas em contextos de vulnerabilidade social. Portanto, compreender o perfil socioeconômico dessas famílias é essencial para subsidiar políticas públicas mais equitativas.

Objetivos

Avaliar o perfil socioeconômico atual das famílias com crianças diagnosticadas com SCZ, com base no instrumento Critério Brasil e discutir o impacto da síndrome entre diferentes estratos sociais.

Métodos

Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com famílias de crianças com SCZ. Durante entrevista com os responsáveis pelos pacientes, aplicou-se o questionário Critério Brasil desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP). Esse instrumento estratifica as famílias a partir de uma pontuação baseada na escolaridade do provedor, posse de itens de conforto e infraestrutura residencial, com estimativa de renda por estrato. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE:57444016.1.0000.5292) e com TCLE assinado pelos responsáveis.

Resultados

Ao todo, foram avaliadas 25 famílias, dentre as quais 76% tiveram uma renda média estimada abaixo de 1,6 salários mínimos. Do total de famílias, 44% foram classificadas no estrato DE com renda média de R$ 1.087,77, outros 32% no C2 (R$ 2.403,04) e 16% no C1 (R$ 3.980,38). Apenas duas famílias estavam em estratos superiores (B2 e A). Frequentemente, a mãe é a cuidadora exclusiva, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) torna-se a principal fonte de renda.

Conclusão

A maior concentração de famílias de pacientes com SCZ em estratos menos favorecidos expressa desigualdades sociais importantes, atingindo majoritariamente famílias previamente vulneráveis e agravando restrições econômicas e sociais. Os achados convergem com o estudo de Paixão (2022), que apontou uma associação entre a SCZ com baixa escolaridade e ser mãe solteira. O estudo apresenta limitações, foi realizado em um serviço público, com amostra reduzida e localizada no Rio Grande do Norte, o que pode ter influenciado a predominância de famílias nesta situação social e econômica. Ainda assim, os dados apontam para uma realidade de iniquidade vivida por essas famílias, tornando essencial a elaboração de políticas estatais intersetoriais que integrem saúde, assistência e inclusão social.

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