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Sífilis congênita em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: obstáculos no diagnóstico precoce e medidas preventivas

Autor Principal

Camila Neres P Siminea de Sousa

Autores

Deyla Moura Ramos Letícia Alves de Oliveira Maria Clara Sarmento

Instituições

Universidade Potiguar

Introdução

A sífilis congênita continua sendo um desafio significativo no cenário da saúde perinatal, sobretudo nos países em desenvolvimento. A infecção vertical pelo Treponema pallidum, apesar de evitável, persiste devido a deficiências na cobertura e qualidade da assistência pré-natal. Muitos recém-nascidos acabam sendo internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) em virtude de manifestações clínicas variadas, muitas vezes graves, exigindo intervenções imediatas e um cuidado especializado.

Objetivos

Descrever as barreiras enfrentadas na UTIN quanto ao diagnóstico precoce e manejo terapêutico da sífilis congênita, com ênfase nas estratégias de prevenção e na importância de uma rede assistencial articulada.

Métodos

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura. A busca ocorreu nas bases de dados LILACS, SciELO e Fiocruz, com o recorte de publicações entre 2018 e 2024. Os critérios de inclusão abrangeram estudos originais, revisões sistemáticas e protocolos clínicos voltados para a atenção neonatal à sífilis. Os descritores utilizados foram: “sífilis congênita”, “diagnóstico precoce”, “UTI neonatal” e “prevenção”. O conteúdo foi analisado de forma crítica, priorizando evidências clínicas e epidemiológicas voltadas à prática pediátrica intensiva.

Resultados

Dentre os 5 artigos selecionados, apontam que, nas UTIN’s, o diagnóstico de sífilis congênita é frequentemente dificultado pela ausência de informações consistentes do pré-natal materno, além da apresentação clínica inespecífica, como hepatomegalia, lesões cutâneas, alterações ósseas e distúrbios hematológicos. O diagnóstico laboratorial, muitas vezes dependente de testes sorológicos paralelos (VDRL materno e do RN), nem sempre permite decisão imediata. O tratamento padrão, baseado em penicilina cristalina intravenosa, requer acompanhamento rigoroso e pode demandar prolongamento da hospitalização. Destaca-se ainda o risco de sequelas neurológicas e a necessidade de seguimento ambulatorial prolongado. A prevenção da transmissão vertical depende essencialmente do rastreamento precoce, do tratamento adequado da gestante e do parceiro, e do uso correto do calendário sorológico.

Conclusão

A abordagem da sífilis congênita em ambiente de terapia intensiva neonatal demanda preparo técnico, protocolos bem estabelecidos e atuação integrada entre a atenção básica e os serviços especializados. A detecção precoce da infecção e a instituição de terapêutica adequada nos primeiros dias de vida são cruciais para prevenir desfechos adversos. Além disso, a qualificação das equipes de saúde, somada à valorização das ações de prevenção na atenção primária, é determinante para o controle efetivo da sífilis congênita no país.

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