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10 ANOS DA SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA - COMO ESTAMOS?

Autor Principal

Nivia M. R. Arrais

Autores

Claudia R. S. Maia, Maria Isabel de Moraes-Pinto, Mylena T. A. L. Bezerra, Eduardo Bouth Sequerra, Iracema A. C. Cortez, Maria Helena S. Marinho, Thiago Raniere R. Garcia

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte UNIFESP

Introdução

Em 2015, houve um aumento de nascimentos com microcefalia posteriormente associada a infecção pelo vírus Zika, sendo estabelecida a Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCZ). No Brasil, até 2023, foram confirmados (critérios clínicos, epidemiológicos, de exames de imagem do sistema nervoso central e identificação do agente e/ou as sorologias do binômio) 1828 casos de SCZ e alguns permanecem em investigação. Conhecer a situação atual das crianças com infecções congênitas, em especial com SCZ é fundamental para que políticas públicas para o cuidado multiprofissional sejam implementadas.

Objetivos

Descrever as características, os principais desfechos e a situação atual de crianças com SCZ após 10 anos da epidemia.

Métodos

Estudo de coorte, descritivo, de pacientes acompanhados em um Hospital Universitário, desde 2015. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa(CAAE:57444016.1.0000.5292) e o TCLE assinado pelos responsáveis. Foram incluídas crianças com SCZ e excluídas as crianças com infecções congênitas de outras etiologias. As informações foram registradas em planilha ExcelⓇ.

Resultados

Das 71 crianças acompanhadas nesta coorte, 36(50,7%) são do sexo masculino e 14(19,7%) nasceram normocefálicas mas evoluíram para microcefalia durante o primeiro ano de vida. Das 71 crianças, 10(14,1%) foram a óbito no período, a maioria nos primeiros anos de vida. Além disso, todas as crianças apresentam disfunções motoras, cognitivas de linguagem. Necessitaram de gastrostomia (disfagia grave): 16(22,5%)-9 acompanham/4 óbitos e 3 perdas do seguimento, e 6(8,5%) foram traqueostomizadas-4 acompanham/1 óbito e 1 perda do seguimento. Atualmente, a maioria apresenta baixo peso, baixa estatura e IMC normal, segundo curvas OMS2006. Grandes são os desafios no acompanhamento das sequelas dessas crianças, como a reabilitação, insumos, tratamentos clínicos e cirúrgicos, atendimento domiciliar, suporte social, emocional, econômico, inclusão social e escolar. O acompanhamento multiprofissional é fundamental para essas crianças destacando-se o crescimento, o desenvolvimento e apoio às famílias. Várias vacinas contra o ZIKV estão em desenvolvimento, mas nenhuma foi licenciada até o momento, assim como nenhuma droga específica para tratamento. As medidas de prevenção como o controle dos vetores, redução dos criadouros e uso de inseticidas devem ser prioridade e o risco de novos surtos não está descartado. Nas gestantes, o uso de repelentes e o diagnóstico oportuno são fundamentais.

Conclusão

A SCZ é grave na maioria dos casos levando à sequelas destacando-se as neurológicas. As crianças e suas famílias têm diversas necessidades e políticas públicas abrangentes são necessárias.

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