MARIA CECÍLIA GOMES DE FIGUEIREDO
SAMARA RAQUEL SOUSA DE OLIVEIRA; TALES JOABE LIMA DA COSTA; MARIA JÚLIA ARAGÃO FERNANDES; ANA JÚLIA DE OLIVEIRA BEZERRA FERNANDES; VITÓRIA DA SILVA FREITAS CAVALCANTE; LAURA JANNE LIMA ARAGÃO.
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP); FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ (FACENE/RN); UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN)
Um estudo de revisão sistemática e meta-análise mostrou que a prevalência global da Doença Celíaca (DC), confirmada por biópsia, foi aproximadamente duas vezes mais comum em crianças do que em adultos. A DC é uma condição autoimune que pode se manifestar de forma intestinal, extra intestinal ou assintomática, sendo frequentemente caracterizada, na infância, por sintomas como dores abdominais, diarreia crônica e baixo ganho de peso. Esses sinais podem se assemelhar aos de outras doenças pediátricas, como a alergia à proteína do leite de vaca e as imunodeficiências humorais. Avalia-se, portanto, a importância do diagnóstico precoce e preciso, bem como do tratamento isento de glúten, a fim de proporcionar o desenvolvimento adequado dos infantes.
Relatar um caso clínico de DC em uma criança, enfatizando o processo de diagnóstico diferencial e a importância do acompanhamento contínuo para a melhora clínica do paciente.
Trata-se de um relato de caso clínico de paciente atendida em acompanhamento ambulatorial.
M.A.L.T, 4 anos, feminina, pré-escolar, procedente do Rio Grande no Norte, acompanhada da genitora que queixa-se de dor abdominal, diarreia crônica recorrente e baixo peso desde acompanhamento da puericultura. Refere dores nas pernas ao amanhecer e ao anoitecer, distúrbios do sono e má aceitação alimentar. Histórico familiar com artrite reumatoide juvenil na irmã. Ao exame, BEG, hipocorada, peso abaixo da média, abdome aumentado, distendido, timpânico e doloroso à palpação em hipogástrio. Exames mostram imunoglobulinas normais e deficiência de vitamina D (18,3 ng/mL). Parasitológico de fezes com Endolimax nana. Endoscopia digestiva mostra mucosa normal (MARSH 0), porém os exames (HLA-DQ2) e a anti-transglutaminase IgA/IgG foram reagentes; concluindo assim, o diagnóstico de DC. Após diagnóstico, iniciou reposição de vitaminas, minerais e dieta sem glúten, com acompanhamento de especialista e nutricionista. Evolui com ganho de peso, crescimento e boa qualidade de vida, sem os sintomas iniciais.
Este relato evidencia a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento multidisciplinar na doença celíaca infantil, especialmente diante de sintomas inespecíficos como diarreia crônica e atraso no crescimento. A adesão à dieta isenta de glúten e o suporte nutricional foram fundamentais para a melhora clínica e o desenvolvimento saudável da paciente, reforçando a necessidade de vigilância rigorosa e abordagem integrada em casos semelhantes.
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