José Carlos de A. Vieira Jr
Marina B. A. Targino Guilherme de S. Rezende Lucas M. Rocha José Deyvisson D. Oliveira Aline S. de S. Escóssio Mayos Augusto M. Nunes Ney Magno B. Escóssio José Airton de O. Matos Italo de O. Silva Isabela P. Honório Paulo Alfredo S. Gomes Camila B. de A. Medeiros Thayná Yasmim de S. Andrade
UFERSA
A influenza é um dos principais agentes de infecções respiratórias em surtos epidêmicos sazonais na população pediátrica e representa importante causa de óbito nessa faixa etária. Seu quadro clínico varia de sintomas gripais leves até formas graves, com choque, disfunção multissistêmica e óbito. O risco de complicações relaciona-se a comorbidades, idade, fatores genéticos e à cepa viral. A vacinação tem papel crucial na redução de casos graves e internações.
Lactente, 1 mês e 3 dias, apresentou febre, sonolência e vômitos, evoluindo com fezes esverdeadas, tosse seca, obstrução nasal e inapetência (alimentada com leite integral). Encaminhada à UTI pediátrica por sinais de desconforto respiratório. Paciente chega em estado grave, com necessidade de intubação e acesso venoso central, com evolução para choque séptico refratário. Gasometria de admissão mostrou acidose metabólica grave, sendo necessária reposição de bicarbonato e uso de drogas vasoativas. Evoluiu com lesão renal aguda grave (KDIGO 3) e acidose metabólica refratária. No 4º dia, teste de swab confirmou influenza A, sendo iniciado tratamento com oseltamivir. No 6º dia iniciou desmame de sedação e drogas vasoativas e no 7º dia sofreu extubação não programada. Evoluiu com melhora clínica progressiva e alta para enfermaria após 16 dias de internação.
A gastroenterite pode ocorrer em crianças com idade média de 4 anos, associada à disbiose por lesão intestinal induzida por células CD4+. Estudos recentes destacam a relação entre resposta imune e composição da microbiota intestinal, regulando a geração de células T CD4 e CD8. Fatores de risco incluem idade menor que 2 anos, faixa etária geralmente internada em UTI. Doenças pulmonares prévias aumentam risco de hospitalização e necessidade de UTI. Casos graves e óbitos associam-se à linfopenia, trombocitopenia e sintomas neurológicos. Já em relação às complicações pela infecção, as gastrointestinais atingem 50%, além de pneumonia e bronquite em 39%. A média de internação é de 7 dias, com necessidade de ventilação mecânica em 24% dos casos e uso de drogas vasoativas em 19%.
A influenza é causa relevante de internação e mortalidade em menores de 2 anos. Fatores genéticos, imunológicos e microbiológicos, associados a comorbidades e idade precoce, determinam a gravidade. O diagnóstico precoce, suporte clínico adequado, uso oportuno de oseltamivir e vacinação são essenciais para reduzir complicações e casos graves.
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