Jonatan Gabriel Medeiros Palmeira
Leila Tattiana Dantas Nunes, Kiara Welison Pinto, João Victor Protásio Pessoa, Júlia Dias Costa, Thalita Mayara Xavier de Oliveira, Edlene Melo Reis do Nascimento.
UnP
A Síndrome PFAPA é caracterizada por manifestações clínicas como febre periódica acompanhada por faringite, estomatite aftosa e/ou adenite cervical. O público infantojuvenil é o mais prevalente para PFAPA, por ser desencadeada por uma resposta intensificada pela interleucina-1 Beta ou imune adaptativa do tipo Th1 com base em alguns estudos, sendo auto-limitada e com um boa resposta a corticosteroides. Para isso, requer um diagnóstico diferencial para tal quadro pediátrico, descartando outras doenças bases para tal desfecho.
Relatar o caso clínico de um paciente pediátrico, analisando sua evolução, desfecho e o impacto da abordagem terapêutica na resolução do quadro e na melhoria de sua qualidade de vida.
Estudo descritivo e observacional, com base na revisão do prontuário médico de um paciente pediátrico acompanhado ao longo de várias consultas no ambulatório. Foram analisados seus históricos, exames apresentados e tratamentos farmacológicos realizados pelo paciente, desde o início dos sintomas até seus respectivos desfechos.
Paciente do sexo masculino, 11 anos, apresentou ao longo do acompanhamento clínico queixas recorrentes de refluxo gastroesofágico, episódios de faringoamigdalite, odinofagia, febre e perda ponderal, atribuída à limitação dos hábitos alimentares e de vida decorrentes do quadro. Negou outros sinais ou sintomas relevantes durante as consultas. Foram prescritos diversos fármacos ao longo da evolução clínica, incluindo Omeprazol, Sucralfato, Bromoprida e Penicilina G Benzatina, sem resposta terapêutica satisfatória. Exames complementares mostraram: radiografia de tórax com parâmetros normais; Endoscopia Digestiva Alta (EDA) evidenciando gastrite crônica leve em antro e piloro, duodenite crônica inespecífica e esofagite crônica leve em esôfago proximal e distal. Culturas de exsudato orofaríngeo não evidenciaram crescimento bacteriano. Demais exames laboratoriais e exame físico estavam dentro dos limites da normalidade, nada digno de nota. Diante da persistência do quadro, o paciente foi encaminhado para avaliação otorrinolaringológica, sendo então estabelecido o diagnóstico de síndrome PFAPA, com posterior seguimento e início do tratamento específico.
Diante do cenário clínico pediátrico, destaca-se a importância de uma abordagem integrada frente a quadros gástricos e sintomas associados. A inespecificidade dos sinais e a limitação de recursos dificultam o diagnóstico precoce e o início do tratamento, reforçando a necessidade de estratégias eficazes que promovam a resolução do quadro e a qualidade de vida do paciente.
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