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PAC COMPLICADA POR DERRAME PLEURAL: NOSSAS VACINAS ESTÃO SUFICIENTES?

Autor Principal

Gislayne da Silva Oliveira

Autores

Camila Braga de A. Medeiros, Nathan P. de Oliveira, Rafaella D. Souto, Natália A. Brito, André Lucas de J. Santos, Antonia Ingrid de O. Medeiros, Thayná Yasmin de S. Andrade, Marina Bezerra A. Targino, Regina Célia F. R. Campelo

Instituições

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Introdução

A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é uma doença frequente na população pediátrica, sendo responsável por alta taxa de mortalidade, especialmente nos menores de 5 anos. O principal agente etiológico é o S. pneumoniae, tanto nas formas complicadas e não complicadas. No Brasil, atualmente, o Programa Nacional de Imunização preconiza a vacinação com a VPC10 (cobre as cepas 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 23F) para todas as crianças, sendo adicionada a VPC13 (inclui as 3, 6A e 19-A) no esquema de pacientes imunossuprimidos ou com patologias específicas, conforme indicação do Ministério da Saúde. A SBIM, por outro lado, defende a utilização de VPC15 ou VPC23, ficando a VPC13 como exceção.

Métodos

Escolar, 7 anos, cartão vacinal atualizado, com febre por 3 dias, possuía, na admissão, dor abdominal e desconforto respiratório há poucas horas, com raio-x mostrando derrame pleural em todo o hemitórax esquerdo. Inicialmente tratado em enfermaria, mas evoluiu com piora do desconforto respiratório, sendo admitido em UTI pediátrica. Na UTIP, necessitou de drenagem torácica, VNI, fisioterapia respiratória e uso de vancomicina e ceftriaxona por 21 dias, em virtude da manutenção da febre e lenta recuperação pulmonar. A criança evoluiu com boa melhora, recebendo alta com seguimento fisioterápico pela lenta reexpansão pulmonar.

Resultados

A VPC10 evita cerca de 70% dos casos de doença pneumocócica invasiva (DPI). Contudo, é crescente o número de casos de crianças que, apesar da vacinação básica completa, evoluem com desfechos desfavoráveis pela PAC, colocando em debate se o esquema atual é suficiente. A ampla vacinação com a VPC10, reduziu consideravelmente os casos de DPI em menores de 5 anos, conforme evidenciado em análises pré e pós VPC10 (SBP, 2024). Entretanto, a limitada cobertura resulta em seletividade por sorotipos mais virulentos, os quais também são mais resistentes ao esquema padrão com penicilina, resultando em maior tempo de internação e necessidade de procedimentos cirúrgicos. A VPC13, por sua vez, evita 90% dos casos de DPI, devido à cobertura contra os sorotipos 6A e 19A - cepas mais virulentas.

Conclusão

Logo, a cobertura vacinal necessita ser ampliada, pois a VPC13 é uma saída às crescentes taxas de complicação de PAC. Não é novo a seletividade por sorotipos não vacinais, dado que já foi observado em outros países cuja cobertura foi ampliada. Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde prescrever a vacinação sempre que financeiramente possível à família, mas principalmente, é incumbência do MS atualizar o PNI, visando mitigar as complicações da DPI.

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