Nathalya Gabryelle Cavalcanti Pessoa
Cynthia Maria Silva de Oliveira Duyane Láisa de Oliveira Queiroz Márcia Lourenço Silva de Lima
UnP - Universidade Potiguar
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica comum na infância, associada a sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade. Nas escolas públicas, essas manifestações podem refletir tanto condições socioeconômicas desfavoráveis quanto ausência de diagnósticos formais. Crianças com suspeita apresentam, frequentemente, baixo rendimento escolar, necessitando de estratégias educacionais e interpessoais adequadas.
Apresentar o perfil clínico de crianças com sinais suspeitos de TDAH em escolas públicas e analisar sua associação com o rendimento escolar.
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Foram considerados estudos observacionais, revisões integrativas e pesquisas transversais, publicados entre 2012 e 2024, nos idiomas português e inglês. As buscas foram realizadas nas bases PubMed, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e em periódicos institucionais. Utilizaram-se os descritores: “TDAH”, “transtorno de déficit de atenção e hiperatividade”, “crianças”, “desempenho escolar”, “dificuldades escolares”, “sintomas clínicos” e “características neuropsicológicas”, combinados com os operadores booleanos AND e OR, com o objetivo de ampliar e refinar os resultados. Foram incluídos estudos publicados entre 2012 e 2024, nos idiomas português e inglês. A seleção seguiu as etapas de leitura dos títulos, resumos e, posteriormente, dos textos completos.
As crianças com suspeita de TDAH apresentaram sintomas predominantes de desatenção, frequência escolar irregular e dificuldades em atividades de leitura, escrita e matemática. Relatos apontam que 20–30% dessas crianças apresentam matrículas retidas ou necessidade de suporte educacional adicional. Prevalências estimadas variam entre 5% e 8% em escolas públicas, com predominância do tipo combinado ou hiperativo. O diagnóstico tardio demonstra impacto negativo no desempenho escolar, indicando dificuldades na realização de atividades escolares e no desempenho em avaliações. Barreiras comuns incluem escassez de recursos psicopedagógicos, baixa capacitação dos profissionais e falta de articulação entre escola e serviços de saúde.
O impacto do perfil clínico do TDAH sobre o rendimento escolar em ambientes públicos é expressivo, refletindo dificuldades educacionais e sociais. Médias de prevalência sugerem que até um em cada vinte estudantes pode ser afetado. Urge a criação de políticas que promovam detecção precoce, capacitação de professores e integração entre educação e saúde, de modo a oferecer suporte adequado e mitigar perdas no âmbito escolar.
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