Alana Gabriela Avelino Fernandes
Ana Letícya Marques de Souza Sena Miranda, Ana Márcia Barreto de Carvalho, Luísa Melo de Medeiros Bezerra, Ingrid Madalena Amaral de Almeida, Maria Vitória Veras Barreto
Universidade Potiguar
O desenvolvimento infantil é um processo contínuo, dinâmico e progressivo de transformação, envolvendo aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais, sendo influenciado por diversos fatores ambientais. Entre eles, o acesso precoce e crescente de tecnologias digitais de forma não supervisionada, principalmente das redes sociais, geram preocupações entre profissionais da saúde, educadores e pesquisadores, por comprometer etapas do desenvolvimento, como a aquisição da linguagem, o progresso motor, a interação social e a regulação emocional. Assim, a puericultura tem papel essencial na identificação precoce de atrasos no desenvolvimento infantil devido ao uso das telas e no manejo de orientações e estratégias frente ao cenário familiar e individual da criança, sendo fundamentais para minimizar complicações.
Analisar a relação entre o uso ilimitado de mídias sociais por crianças e possíveis impactos no desenvolvimento infantil, com foco em atrasos cognitivos, comportamentais, emocionais e sociais e buscar estratégias de orientação para o uso saudável e supervisionado da internet no contexto pediátrico e familiar.
Trata-se de uma revisão bibliográfica, através das bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), da U.S. National Library of Medicine (PubMed) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência e Saúde (LILACS). A pesquisa selecionou 24 estudos, a partir de bancos de dados eletrônicos, utilizando critérios de inclusão como período de publicação (2015 a 2025), disponibilidade em texto completo, idiomas português, inglês e espanhol.
Os estudos analisados mostram alguns aspectos positivos, como: proporcionar interação social, formar laços e facilitar o acesso a plataformas de ensino, mas também observou-se a predominância de pontos negativos por afetar a cognição e a subjetividade das crianças e adolescentes, trazendo prejuízos a saúde mental, como sintomas relacionados à ansiedade, ao pânico, a depressão, a diminuição do desempenho escolar e ao aumento de casos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Diante dos achados, evidencia-se que, embora a tecnologia digital e as redes sociais possam oferecer benefícios ao desenvolvimento infantil, o uso irrestrito e não supervisionado representa um fator de risco significativo para atrasos no âmbito biopsicossocial. Assim, torna-se fundamental que responsáveis e profissionais da saúde assumam um papel ativo na mediação desse uso, promovendo estratégias educativas e limites saudáveis para que se utilize da tecnologia como uma aliada ao progresso da criança e do adolescente.
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