Ney Magno Bezerra Escóssio
Marina Bezerra Alves Targino José Carlos de Andrade Vieira Jr Guilherme de Sousa Rezende Lucas Magalhães Rocha José Deyvisson Dantas Oliveira Aline Soares de Siqueira Escóssio Mayos Augusto Mesquita Nunes José Airton de Oliveira Matos Italo de Oliveira Silva Isabela Piazza Honorio Camila Braga de Avila Yaly Rebouças Carneiro Bastos Regina Célia Fernandes Rufino Campelo Ariadne Gomes Farias
UFERSA- Universidade Federal Rural do Semiárido
A aspiração de corpo estranho (ACE) é uma das principais emergências do trato respiratório na pediatria, envolvendo, principalmente lactentes e pré-escolares, devido a anatomia e características do desenvolvimento infantil, como imaturidade na capacidade de mastigação e deglutição e exploração do ambiente, levando objetos à boca. Além disso, o diagnóstico é desafiador por apresentar sinais clínicos inespecíficos, que podem evoluir com quadro clínico grave, e por ocorrer com frequência na ausência de testemunho, sendo necessária uma ação rápida e assertiva do profissional.
Lactente, 7 meses, admitida em UTI pediátrica após broncoaspiração de corpo estranho com evolução para quadro de dispneia e necessidade de intubação orotraqueal. Evoluiu com estabilidade clínica e hemodinâmica sob ventilação mecânica e com achado radiográfico de corpo estranho em brônquio direito, sendo transferido para realização de broncoscopia em Natal após 24h na UTI.
A ACE apresenta um quadro clínico com sinais variados, de acordo com a anatomia da obstrução causada pelo corpo estranho. Esse acidente pode evoluir com uma simples redução da condução do ar em vias aéreas superiores à oclusão quase total de vias aéreas inferiores com evolução para quadros graves de dispneia com atelectasia pulmonar, hiperinsuflação e infecções secundárias no parênquima. Diante dessa variedade de quadros, é essencial que o profissional busque manter a estabilidade clínica do paciente com suporte e a identificação do corpo estranho por meio de exames de imagem com a retirada do espécime de forma precoce por serviço especializado através da broncoscopia.
A clínica e identificação precoce do ACE por exames de imagem foram essenciais para o atendimento adequado para o quadro. Ademais, a agilidade nas medidas de estabilização, no encaminhamento e na articulação entre os níveis de atenção à saúde foram primordiais para a resolução desse caso.
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