Bruna Ruselly Dantas Silveira
Wanesca Caroline Pereira Viviane Layse Silva Rosado Erika Simone Galvão Pinto
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestranda no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestranda no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
A conferência familiar tem ganhado relevância na terapia intensiva por favorecer a integração da família e do paciente no planejamento do cuidado, sobretudo em situações de fim de vida. A presença da equipe multiprofissional é essencial para garantir orientações integrais e humanizadas.
Relatar a experiência da participação do enfermeiro em conferência familiar de cuidados paliativos pediátricos em Unidade de Terapia Intensiva.
Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em hospital pediátrico filantrópico no Rio Grande do Norte, em 2025. A conferência abordou o caso de uma lactente de seis meses, em cuidados paliativos exclusivos, com falência de acessos venosos. Participaram da reunião médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, os genitores e a avó da criança. O encontro ocorreu em sala reservada, com uso do protocolo SPIKES para promover escuta, acolhimento e compreensão das necessidades paliativas dos sujeitos.
Emergiram da vivência três categorias temáticas. A primeira refere-se aos sentimentos despertados no enfermeiro, com reconhecimento do seu papel, valorização da autonomia e aumento da satisfação profissional. A segunda categoria destaca as contribuições do enfermeiro na conferência, especialmente pelo vínculo construído com a família, pelo protagonismo nos cuidados relacionados à higiene, integridade da pele, curativos, administração de medicamentos e apoio psicossocial, ao acionar a equipe serviço social e psicologia em momentos oportunos, além de intervenções como escuta ativa e acolhimento. Evidenciou-se também a importância de alinhar as preferências da família à rotina da UTI, conhecimento que o enfermeiro domina por atuar como gestor do cuidado. A terceira categoria trata dos desafios: insegurança na comunicação de más notícias e sobrecarga de trabalho. Na data da reunião, a participação foi viável devido à presença de duas enfermeiras para dez pacientes, superando o dimensionamento mínimo.
A presença do enfermeiro em conferências familiares amplia a percepção da díade paciente-família sobre o protagonismo da enfermagem, a qual contribui para conforto e alívio do sofrimento da criança, por meio de ações integradas e sensíveis, próprias da matriz disciplinar da profissão e da filosofia do cuidado paliativo.
Agradecemos aos patrocinadores que tornam este evento possível. Juntos, estamos fazendo a diferença!
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