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Avaliação do IMC em lactentes com cardiopatias congênitas: análise por grupos diagnósticos em hospital terciário

Autor Principal

Juanna Gabriella de Souza Dehon

Autores

- Raimundo Francisco De Amorim Júnior - Sara Thalya Santos Ferreira - Caio César Barbosa de Macêdo - Maryane Alexandre Tertuliano da Cunha - Camila Santana Batista Cabral - Beatriz de Queiroz Barreto Magalhães - Vivian Suellen Freitas Lopes

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Introdução

As cardiopatias congênitas (CC) são anomalias frequentes na infância e podem impactar o crescimento por alterações hemodinâmicas que aumentam o gasto energético e reduzem o aproveitamento nutricional. O estado nutricional inadequado em pacientes com CC está associado a pior evolução clínica. O Índice de Massa Corporal (IMC) por idade é um marcador útil e acessível para avaliação do estado nutricional em lactentes, fase marcada por rápido crescimento e alta vulnerabilidade.

Objetivos

Avaliar o estado nutricional de lactentes com e sem cardiopatias, por meio do IMC por idade, e comparar os valores médios entre os diferentes grupos diagnósticos.

Métodos

Estudo transversal e quantitativo, baseado em dados de ecocardiogramas de lactentes com até 24 meses atendidos no hospital terciário Hospital Universitário Onofre Lopes. Os pacientes foram agrupados conforme o tipo de cardiopatia identificada: ausência de alterações cardíacas, cardiopatias com hiperfluxo pulmonar, cardiopatias cianóticas, obstrução de câmaras direitas, obstrução de câmaras esquerdas e miocardiopatias. Casos com dados incompletos ou pacientes submetidos a cirurgias prévias foram excluídos. O IMC por idade foi calculado segundo os padrões da OMS. As comparações entre os grupos foram realizadas com o teste de Kruskal-Wallis, adequado para variáveis não paramétricas, adotando-se p < 0,05.

Resultados

A amostra apresentou idade média de 7,15 meses e IMC médio geral de 17,13 kg/m². Entre os pacientes com ecocardiograma normal, o IMC médio foi de 17,7 kg/m². Observou-se média de 16,3 kg/m² nos pacientes com cardiopatias de hiperfluxo pulmonar, 17,3 kg/m² nas cardiopatias cianóticas, 15,5 kg/m² nas miocardiopatias, 14,4 kg/m² nas obstruções de câmaras esquerdas e 18,8 kg/m² nas obstruções de câmaras direitas. A diferença entre os grupos foi estatisticamente significativa (p = 0,02), de acordo com o teste de Kruskal-Wallis.

Conclusão

Na amostra estudada, os menores valores de IMC foram encontrados entre pacientes com cardiopatias congênitas, em especial aqueles com hiperfluxo pulmonar e miocardiopatias, refletindo possível maior comprometimento nutricional. Esses achados sugerem que a presença e o tipo de cardiopatia influenciam diretamente o estado nutricional, o que pode afetar negativamente o prognóstico, o tempo de hospitalização e a resposta clínica ao tratamento. Ressalta-se a importância da avaliação nutricional precoce e do seguimento multiprofissional contínuo como parte essencial do cuidado integral ao lactente com cardiopatia.

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