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Evolução da Cobertura Vacinal Infantil e Reemergência de Doenças Imunopreveníveis no Rio Grande do Norte (2016–2022)

Autor Principal

Anny Elise Bezerra da Silva

Autores

Ellen Mariane Lima Santos Gabriella Queiroz Ferreira Izabel Christina de Alencar Regis José Carlos da Silveira Pereira Renata Ferreira Cabral

Instituições

FACENE/RN

Introdução

A vacinação infantil é essencial para prevenir doenças e reduzir a mortalidade infantil nos primeiros anos de vida, fase de maior vulnerabilidade a infecções. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece um calendário vacinal amplo, que contribuiu para o controle e eliminação de doenças imunopreveníveis. Nos últimos anos, observou-se queda nas coberturas vacinais, agravada pela pandemia de COVID-19. No Rio Grande do Norte (RN), essa redução também ocorreu, com índices abaixo das metas do Ministério da Saúde, sobretudo em menores de cinco anos. Portanto, é necessário analisar a evolução da cobertura vacinal e sua relação com o reaparecimento de doenças como sarampo e coqueluche.

Objetivos

Avaliar a evolução da cobertura vacinal em crianças menores de 5 anos no RN, identificando períodos de queda e relacionando-os à ocorrência de surtos de doenças imunopreveníveis no período analisado.

Métodos

Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem de séries temporais. Os dados foram extraídos do SI-PNI/DATASUS e SINAN, referentes ao período de 2016 a 2022. Analisaram-se as coberturas anuais das vacinas pentavalente, poliomielite e tríplice viral, além dos casos confirmados de sarampo e coqueluche em crianças menores de 5 anos no estado do RN. As informações foram dispostas em tabelas e gráficos comparativos.

Resultados

De 2016 a 2022, notou-se uma tendência de queda nas coberturas vacinais das vacinas tríplice viral D1, pentavalente D3 e poliomielite D3. De 2016 a 2018, os índices estavam acima de 88%, próximos às metas estabelecidas. A partir de 2019, caíram gradualmente, atingindo o ponto mais baixo em 2020, coincidindo com a pandemia, com a pentavalente abaixo de 70%. Paralelamente, houve aumento dos casos de coqueluche entre 2018 e 2020, e reemergência do sarampo entre 2019 e 2022, períodos com baixa cobertura. Embora não tenham sido registrados casos de poliomielite, a cobertura manteve-se abaixo de 90%, representando risco de reintrodução. Em 2022, notou-se discreta elevação, sugerindo possível recuperação pós-pandemia, mas ainda insuficiente para garantir proteção coletiva ideal.

Conclusão

O estudo revelou uma tendência de declínio nas coberturas vacinais, paralela à reemergência de doenças como sarampo e coqueluche. A baixa adesão à vacinação infantil resulta de fatores estruturais (dificuldades de acesso e falha no calendário) e comportamentais (hesitação vacinal, desinformação e menor percepção de risco), agravados pela pandemia. Diante disso, a atuação dos agentes comunitários de saúde, campanhas de imunização e o fortalecimento das ações do PNI são fundamentais para proteger a infância e evitar o retorno de doenças preveníveis.

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