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Análise Ecológica das Disparidades Raciais na Mortalidade Infantil no Rio Grande do Norte: 2010 a 2023

Autor Principal

Izabel Christina de Alencar Regis

Autores

Anny Elise Bezerra da Silva Gabriella Queiroz Ferreira José Carlos da Silveira Pereira Luiz Felipe Vintura Rocha Renata Ferreira Cabral

Instituições

FACENE/RN

Introdução

A mortalidade infantil é um importante indicador de saúde pública e essencial para avaliar a atenção pré-natal, perinatal e neonatal. Fatores sociais como raça/cor, nível socioeconômico, escolaridade materna, fatores biológicos e culturais, influenciam iniquidades na assistência, refletindo no acesso e qualidade dos cuidados. No Brasil, ações como a ampliação do SUS, consolidação da Atenção Primária e programas voltados à infância contribuem para reduzir taxas de mortalidade infantil (TMI). Porém, essas melhorias não ocorrem de forma homogênea entre estados e grupos populacionais. No Rio Grande do Norte (RN), entender a evolução e as disparidades raciais frente à mortalidade infantil é crucial para direcionar políticas públicas equânimes.

Objetivos

Analisar a evolução da TMI no RN entre 2010 e 2023, identificando disparidades raciais e tendências, a fim de subsidiar estratégias que promovam equidade em saúde e ações focadas em grupos vulneráveis.

Métodos

Estudo ecológico e descritivo com dados do SIM e SINASC (2010–2023). As taxas de mortalidade infantil foram calculadas por 1.000 nascidos vivos, com estratificação por raça/cor (branca, preta, parda, indígena e amarela). Utilizou-se análise de regressão de séries temporais.

Resultados

A TMI no RN obteve tendência de queda entre 2010-2023, de 13,3 para 11,1 por mil nascidos vivos. Contudo, a análise por raça/cor evidencia disparidades, apesar de limitações por subnotificação e classificação inconsistente. Crianças pretas e indígenas, mesmo com números absolutos reduzidos, apresentaram maior vulnerabilidade, com taxas desproporcionais. A população indígena, sujeita a variações devido ao baixo número de nascimentos, obteve TMI alta (27,3 por mil), com pico de 114,3 em 2018, explicando pelo baixo número populacional, tornando as taxas susceptíveis a variações estatísticas. A população preta superou 10 óbitos por mil em vários momentos, atingindo 18,29 em 2010. Já a TMI das crianças pardas manteve-se constante e inferior às demais, evidenciado em 2017, quando essa população atingiu o seu pico da TMI, com 9,39 por mil, apesar de representarem a maioria dos óbitos absolutos, demonstrando maior representação. A TMI das crianças brancas foi mais estável.

Conclusão

Apesar da redução da mortalidade infantil na última década, persistem iniquidades raciais ocultas pelas médias populacionais. A desigualdade social é evidente, sendo as crianças indígenas as mais vulneráveis. A alta TMI desse grupo reflete falhas estruturais e exclusão social. Assim, reduzir a mortalidade infantil requer enfrentar desigualdades sociais e raciais por meio de políticas públicas que promovam equidade na atenção materno-infantil.

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