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Esporotricose Cutânea em Criança: Relato de Caso

Autor Principal

Mayara Rossany Dantas de Holanda

Autores

Nathalya Gabryelle Cavalcanti Pessoa; Marina de Melo Miranda Gabriel; Eduarda Flor Alvares Borges Santos; Melissa Cateryne Peixoto de Holanda; Sara Caroline Rodrigues da Silva; Francisco Américo Micussi.

Instituições

UnP - Universidade Potiguar

Introdução

A esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea causada por fungos dimórficos do complexo Sporothrix schenckii, cuja transmissão ocorre geralmente por inoculação traumática do fungo, frequente, por via zoonótica, especialmente por gatos infectados. A forma cutânea é mais prevalente, manifestando-se clinicamente com lesões nodulares ou ulceradas. Em crianças, o diagnóstico diferencial é desafiador, devido à semelhança com dermatoses bacterianas (como impetigo e abscessos), parasitárias (como a leishmaniose cutânea) e micobacterioses atípicas.

Objetivos

Relatar um caso de esporotricose cutânea em paciente pediátrica, destacando os desafios no diagnóstico, falhas terapêuticas iniciais e a importância da abordagem clínica adequada.

Métodos

Paciente do sexo feminino, 9 anos, 24 kg, apresentou lesão pustulosa e pruriginosa em hemiface direita, com evolução insidiosa e progressiva por 4 meses. Após falha terapêutica inicial com antibióticos tópicos e orais, foi submetida à drenagem cirúrgica com colocação de dreno e internação hospitalar por 16 dias, recebendo antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro, sem resposta clínica significativa. A ultrassonografia facial evidenciou área cística com fístula drenando para pálpebra inferior, cicatrizes e equimoses retroauriculares. O diagnóstico inicial foi de cisto fistulizado em hemiface. Com ausência de resposta ao tratamento empírico e evolução atípica, foi considerada a epidemiologia do caso, a qual possuía contato direto com gato em sua residência, iniciou-se tratamento antifúngico com itraconazol (6–10 mg/kg/dia), conforme diretrizes para esporotricose cutânea pediátrica.

Resultados

O caso evoluiu lentamente devido tratamento inicial inadequado decorrente do diagnóstico. Após 20 dias de tratamento correto com antifúngico oral, observou-se melhora clínica da lesão, com redução do prurido, inflamação e secreção. A resposta terapêutica aliada à história clínica, conhecimento médico e ausência de resposta aos antibióticos, confirmou o diagnóstico de esporotricose cutânea.

Conclusão

O caso reforça a importância de considerar etiologias fúngicas, como a esporotricose, no diagnóstico diferencial de lesões cutâneas crônicas em crianças, especialmente em áreas endêmicas ou com exposição a gatos. O tratamento precoce e adequado com antifúngicos, é essencial para a resolução do quadro e prevenção de complicações. O caso também evidencia a necessidade de atualização constante dos profissionais da atenção primária quanto ao aumento da esporotricose zoonótica no Brasil.

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