Maria Jacqueline Nogueira de Souza
Gabriella Silva Monte; José Hérico Ferreira das Chagas Júnior; Maria Luisa Cabral Carvalho; Juliana Oliveira Costa; Gabriel Soares Matos; Manoel Reginaldo Rocha de Holanda; Aldenilde Reboucas Falcao de Castro.
Universidade Potiguar - UNP Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
A “Hora de Ouro” no pós-parto imediato é reconhecida por promover significativos benefícios à saúde do binômio mãe-filho, como redução da morbimortalidade, vínculo e incentivo à amamentação (CORTEZ et al., 2023).
Analisar a aplicação da Hora de Ouro em uma maternidade de baixo risco do estado do Rio Grande do Norte.
Trata-se de um estudo transversal e descritivo, realizado entre outubro de 2022 e fevereiro de 2023, por meio da aplicação de um questionário que continha informações extraídas do prontuário hospitalar e de entrevistas com as puérperas. Foram incluídos 329 recém-nascidos internados em regime de alojamento conjunto, excluindo aqueles que necessitaram de transferência ou cuidados intensivos no pós-parto. As variáveis analisadas foram: Hora de Ouro; Amamentação na primeira hora de vida; contato pele a pele. Os dados obtidos foram tabulados utilizando o software Research Electronic Data Capture (REDCap). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), sendo o Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) Nº 63310022300005296 e N° 5670817 o parecer de aprovação.
Com a realização de tal estudo, sendo 329 recém-nascidos, verificou-se que 130 pacientes realizaram a Hora de Ouro, 168 pacientes não tiveram tal ferramenta implementada no momento do pós-parto e 31 prontuários não apresentavam informações referentes a isso. No entanto, ao analisar separadamente as variáveis que constituem essa estratégia, observou-se que 180 neonatos foram amamentados na primeira hora de vida, em comparação com 124 neonatos que não foram alimentados nesse momento e 25 neonatos estavam sem essa informação nos respectivos prontuários. Já o contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido, 220 neonatos tiveram tal contato e 85 não realizaram, salientando-se que há também informações sobre essa variável ausente nos prontuários. Embora seja uma ferramenta para promoção da saúde e expansão do bem-estar do binômio mãe-filho, nota-se que há fatores que podem interferir na implementação efetiva da Golden Hour, como estrutura física e profissional da rede de atenção à saúde.
Logo, foi possível evidenciar a baixa adesão completa à Hora de Ouro, com variabilidade na execução de seus componentes, especialmente a amamentação precoce e o contato pele a pele. A ausência de registros reforça fragilidades na sistematização do cuidado. Esses achados evidenciam a necessidade de melhorias na estrutura hospitalar e capacitação das equipes.
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