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APRESENTAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE GERMINOMA EM CRIANÇA COM TEA

Autor Principal

Natália Araújo Brito

Autores

Camila Braga de A. Medeiros, André Lucas de J. Santos, Gislayne da S. Oliveira, Nathan P. de Oliveira, Rafaella D. Souto, Thayná Yasmin de S. Andrade, Marina Targino B. Alves, Bárbara Candice F. de Vasconcelos Pires

Instituições

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Introdução

Tumores de células germinativas (TCG) primários do sistema nervoso central (SNC) são raros, de localização frequente na linha média, afetam principalmente adolescentes e adultos jovens e, genericamente, são agrupados em tumores germinatosos e não germinatosos, entre os quais está o germinoma, que compreende até mais de 60% dos TCG da pediatria.

Métodos

Paciente do sexo masculino, 11 anos, admitido em UTI Pediátrica (UTIP) em pós-operatório de inserção de derivação ventricular externa (DVE) por hidrocefalia obstrutiva. À anamnese, relata-se que há um mês menor iniciou quadro de sonolência associada a episódios de síncope seguidos por hemiplegia esquerda episódica temporária. Procurou atendimento com neuropediatra, que indicou a realização de ressonância magnética (RM) de encéfalo. Antes de prosseguir com investigação, apresentou piora de alteração do nível de consciência e foi encaminhado para a unidade local de referência em neuroimagem e neurocirurgia, onde foi evidenciada a presença de tumor cerebral em tomografia computadorizada (TC) de crânio, programada a ressecção tumoral e indicada a inserção de DVE em caráter de urgência para desobstrução. Apresenta histórico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e esofagite, em uso prévio de risperidona e esomeprazol. Em exames da UTIP, evidenciou-se negatividade de alfa fetoproteína (AFP) e gonadotrofina coriônica humana (hCG), bem como estudo imunohistoquímico positivo para os anticorpos OCT ¾, CD 117 e SALL 4, compatível com o diagnóstico de germinoma.

Resultados

A apresentação clínica dos TCG varia conforme a localização. Normalmente há presença de sinais de hipertensão intracraniana (HIC), como cefaleia, vômitos, rebaixamento do nível de consciência, ataxia, alterações de comportamento, papiledema e outras alterações neuro-oftalmológicas. Também pode se manifestar a partir de endocrinopatias, como desenvolvimento puberal precoce ou tardio, deficiência de arginina vasopressina e insuficiência adrenal. O que chama a atenção no caso descrito é a presença de TEA, fator que pode ter levado ao atraso da suspeição clínica e do diagnóstico, tendo em vista a dificuldade do paciente em comunicar os sinais de alarme mais comuns, como cefaleia e alterações visuais.

Conclusão

A suspeita clínica de HIC deve estar presente no atendimento de urgência de todas as crianças com algum grau de alteração do nível de consciência, sobretudo em pacientes pré-verbais ou com capacidade de comunicação limitada, como nas crianças com TEA e/ou outros transtornos do neurodesenvolvimento, de modo que a ausência de verbalização não atrase o diagnóstico de situações potencialmente fatais.

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