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Fatores associados à restrição de crescimento extrauterino em prematuros com idade gestacional <32 semanas e/ou peso <1500 g

Autor Principal

Camila Amorim Polonio

Autores

Shephanny Patricia Cavalcanti da Costa, Thais Dias da Silva, Jeovana Pinheiro Fernandes de Souza, Larissa Queiroz de Oliveira, Nicole Cindy Fonseca Santos, Paula Yndihanara Monteiro Andrade, Amélia Mário Inês Agostinho, Viviane Borges de Araújo Pinheiro, Anna Christina do Nascimento Granjeiro Barreto

Instituições

Maternidade Escola Januário Cicco Universidade Federal do Rio Grande do Norte Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Introdução

A prematuridade e suas repercussões, como a restrição de crescimento extrauterino (RCEU), representam causas relevantes de morbimortalidade neonatal. Embora os determinantes do crescimento intrauterino sejam amplamente discutidos, ainda são escassas as evidências sobre os fatores associados à RCEU durante a internação neonatal.

Objetivos

Determinar a prevalência de RCEU e os fatores de risco associados em recém-nascidos prematuros com idade gestacional <32 semanas e/ou peso ao nascer <1500 g.

Métodos

Estudo transversal realizado em UTI neonatal de maternidade pública de referência no estado do Rio Grande do Norte, entre 2019 e 2024. Foram incluídos recém-nascidos prematuros admitidos com idade gestacional <32 semanas e/ou peso <1500 g. Excluíram-se pacientes com malformações congênitas graves, síndromes genéticas, erros inatos do metabolismo, infecções congênitas ou que evoluíram a óbito durante a internação. Os dados foram extraídos de prontuários eletrônicos. A variável dependente foi a RCEU, definida como escore Z do peso ao momento da alta hospitalar <-2. Foram aplicados testes estatísticos inferenciais (qui-quadrado, exato de Fisher e t de Student), considerando p<0,05 como significativo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

A amostra incluiu 520 recém-nascidos, com idade gestacional média de 29,6 semanas e peso médio de 1241 g. A prevalência de RCEU foi de 44,8% (n=233). As variáveis significativamente associadas à RCEU foram: hipertensão gestacional, uso de corticóide antenatal, parto cesáreo, sexo masculino, idade gestacional <29 semanas, peso <1000 g, nascimento pequeno para idade gestacional, necessidade de reanimação na sala de parto, hipotermia na primeira hora de vida, uso de surfactante e ventilação mecânica, uso de corticoide pós-natal, além de morbidades como enterocolite necrosante, sepse tardia, hemorragia pulmonar, displasia broncopulmonar e doença metabólica óssea. Observou-se também menor escore Z de peso ao nascimento, tempo prolongado de ventilação mecânica e de nutrição parenteral, além de níveis mais elevados de fosfatase alcalina no grupo com RCEU. Não houve associação significativa com variáveis como diabetes materno, infecção urinária, corioamnionite, tipo de gestação, Apgar no 5º minuto, persistência do canal arterial, leucomalácia ou hemorragia peri-intraventricular.

Conclusão

A RCEU esteve fortemente associada à prematuridade extrema e à gravidade clínica neonatal. A correlação com escore Z do peso de nascimento reforça o papel do estado nutricional inicial como preditor de falha de crescimento. No entanto, por se tratarem de análises bivariadas, os achados devem ser interpretados com cautela. São necessárias análises multivariadas para confirmação dos fatores independentemente associados, o que pode aprimorar estratégias terapêuticas e o cuidado nutricional, com potencial impacto no desenvolvimento neurológico, crescimento e saúde metabólica do prematuro.

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