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Perfil clínico e morbimortalidade de recém-nascidos com peso ao nascer inferior a 1000 g em unidade de terapia intensiva neonatal

Autor Principal

Camila Amorim Polonio

Autores

Shephanny Patricia Cavalcanti da Costa, Thais Dias da Silva, Jeovana Pinheiro Fernandes de Souza, Larissa Queiroz de Oliveira, Nicole Cindy Fonseca Santos, Paula Yndihanara Monteiro Andrade, Amélia Mário Inês Agostinho, Viviane Borges de Araújo Pinheiro, Anna Christina do Nascimento Granjeiro Barreto

Instituições

Maternidade Escola Januário Cicco Universidade Federal do Rio Grande do Norte Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Introdução

Recém-nascidos com peso ao nascer inferior a 1000 gramas, embora representem uma pequena fração dos nascidos vivos, concentram elevado risco de morbimortalidade e correspondem a parcela significativa dos óbitos neonatais. O manejo desses pacientes representa um dos maiores desafios da neonatologia moderna.

Objetivos

Determinar o perfil clínico e a morbimortalidade de recém-nascidos com peso ao nascer inferior a 1000 g admitidos em unidade de terapia intensiva neonatal.

Métodos

Estudo transversal realizado em UTI neonatal de uma maternidade pública de referência no estado do Rio Grande do Norte, no período de janeiro/2019 a dezembro/2024. Foram incluídos neonatos com peso ao nascer <1000 g. Excluíram-se aqueles com malformações congênitas maiores, síndromes genéticas, erros inatos do metabolismo, infecções congênitas. Dados perinatais, obstétricos e neonatais foram extraídos de prontuário eletrônico e analisados por estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

Foram incluídos 282 neonatos com idade gestacional média de 26,8 semanas e peso médio de 766 g. A maioria das mães tinha entre 20 e 35 anos (73%), sendo 52,7% com hipertensão gestacional, 14,9% com diabetes, 31,7% com infecção urinária e 12,8% com corioamnionite. Apenas 60,3% receberam o ciclo completo de corticoide antenatal, e 19,5% receberam de forma incompleta. O parto foi cesariano em 68,4% dos casos. Entre os neonatos, 50,2% eram do sexo feminino, 83,3% nasceram com idade gestacional <29 semanas e 39,7% foram pequenos para a idade gestacional. O clampeamento umbilical foi imediato em 88,3% dos casos. Na sala de parto, 88,1% necessitaram de reanimação e 22,3% utilizaram CPAP. Apgar <7 ocorreu em 69,9% no primeiro minuto e em 29,2% no quinto minuto. Hipotermia na primeira hora de vida foi registrada em 92,6% dos casos. Ventilação mecânica foi necessária em 96,1% dos pacientes, e 26,2% receberam corticoide pós-natal. As principais morbidades observadas foram: síndrome do desconforto respiratório com uso de surfactante (85,8%), sepse tardia (69,6%), displasia broncopulmonar (47,1%), persistência do canal arterial (50,5%), hemorragia pulmonar (41,5%), hemorragia peri-intraventricular (38,3%), doença metabólica óssea (38,8%), restrição de crescimento extrauterino (73,9%) e enterocolite necrosante (7,8%). A taxa de mortalidade foi de 51,8%.

Conclusão

A população de recém-nascidos com peso inferior a 1000 g apresentou elevada frequência de morbidades graves e alta taxa de mortalidade. Os achados ressaltam a importância de estratégias perinatais e neonatais para otimização do cuidado, especialmente no manejo da prematuridade extrema, prevenção de infecções, suporte respiratório e nutricional. Intervenções focadas em reduzir a hipotermia, ampliar o uso do corticoide antenatal e melhorar a reanimação na sala de parto podem contribuir significativamente para a melhoria dos desfechos nesses pacientes vulneráveis.

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