Bianca Cuono Pereira
Valentina de Castilhos, Ingrid Letícia Torres Fabrício, Maria Jacqueline, Alana Gabriela Avelino Fernandes
UnP
As doenças respiratórias estão entre as principais causas de hospitalização em crianças menores de cinco anos, especialmente em regiões do Nordeste, como o Rio Grande do Norte (RN). Dentre elas, destacam-se a bronquiolite viral aguda, a asma e a pneumonia, que geram impactos importantes no sistema de saúde pediátrico. A bronquiolite, frequentemente causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), é comum em lactentes e apresenta padrão sazonal. A asma, doença inflamatória crônica, pode ocasionar internações recorrentes. Já a pneumonia continua como uma das maiores causas de mortalidade nessa faixa etária, principalmente em populações socialmente vulneráveis.
Descrever o número de internações por pneumonia, bronquiolite e asma em crianças menores de cinco anos no RN durante o ano de 2024, correlacionando os dados com faixa etária e municípios com maior número de casos.
Estudo descritivo e quantitativo, com análise das internações hospitalares por doenças respiratórias no RN, em 2024. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponível na plataforma DATASUS. Foram incluídas internações com diagnóstico de pneumonia, bronquiolite e asma. A população-alvo foi crianças menores de cinco anos residentes no estado.
A pneumonia foi responsável por 2.233 internações em 2024, sendo mais prevalente entre 1 a 4 anos (1.620 casos), com maior concentração em Natal (876), São Gonçalo do Amarante (444) e Mossoró (130). A bronquiolite totalizou 731 internações, com predomínio em menores de 1 ano (637 casos), especialmente em São Gonçalo do Amarante (326), Natal (182) e Pau dos Ferros (59). A asma foi responsável por 103 internações, com maior incidência entre crianças de 1 a 4 anos, concentrando-se em Natal, Mossoró e São Gonçalo do Amarante.
As doenças respiratórias permaneceram como causa significativa de internação em menores de cinco anos no RN em 2024, com destaque para a pneumonia, principalmente entre crianças de 1 a 4 anos. A distribuição dos casos de bronquiolite, mais expressiva em municípios como São Gonçalo do Amarante, levanta questionamentos sobre fatores que vão além do tamanho populacional, já que comparado com Natal é uma região seis vezes menor. Essa discrepância pode refletir desigualdades no acesso aos serviços de saúde, fragilidades na atenção primária ou vulnerabilidades sociais específicas que afetam a população infantil de São Gonçalo. A situação evidencia a necessidade de estratégias de prevenção e vigilância que considerem as particularidades locais, reforçando a importância de uma abordagem territorializada no enfrentamento das doenças respiratórias na infância.
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