Luan de Lima Moreira
- Ana Catarina Soares Antero de Carvalho (UnP) - Rivelino Paulo de Carvalho Filho (UnP) - Lucas de Lima Moreira (UnP) - Luiza Zielke da Silva (UnP) - Julia Cabral de Freitas (UnP) - Juliana Bianca Maia Franco (UnP) - Vitor Hugo Tavares de Lira da Cunha (UnP) - Giulia Siqueira Souza Fernandes (UnP) - Eduardo Bruno de Paiva Lima (UnP) - Juliana Cipolla Moreira (UnP) - Ana Maria da Silva Estevam (UnP) - Matheus da Costa Silva (UnP) - Ulysses Cavalcante e Cavalcante (UFRN)
UnP e UFRN
As doenças do apêndice, especialmente a apendicite aguda, representam causas significativas de hospitalização e cirurgia de urgência na população pediátrica [1,2,3]. O diagnóstico precoce e o manejo adequado são essenciais para evitar complicações [2,3]. A análise desses agravos em nível regional permite compreender padrões de morbidade e acesso aos serviços de saúde.
Descrever o perfil das internações hospitalares por doenças do apêndice no público de 0 a 14 anos no estado do Rio Grande do Norte (RN), entre 2020 e 2024, com base nos dados do Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS).
Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e descritivo, com dados obtidos da aba SIH/SUS [4]. Foram analisados dados referentes às hospitalizações pediátricas por doença de Apêndice (CID 10: K35-K38) em todos os municipios do RN entre 0 e 14 anos, realizadas entre 2020 e 2024, com base nas variáveis: faixa etária, sexo e estabelecimento de internação .
No período analisado, registrou-se 2.478 casos em pacientes pediátricos no estado do RN. A análise por sexo revelou predominância masculina: 62,5%. A capital Natal concentrou a maioria dos casos, totalizando 1.583, o que representa 63,9% do total, seguida de Mossoró com 20,4%. A faixa etária mais prevalente foi de 10 a 14 anos (51,8%) - sendo 1.256 de urgência - seguida por 5 a 9 anos (40,2%), 1 a 4 anos (7,7%) e menores de 1 ano (0,2%). Duas instituições concentram mais de 82% dos atendimentos, sendo elas o Hospital Maria Alice Fernandes (62,9%), localizado em Natal, e o Hospital Regional Dr. Tarcísio de Vasconcelos Maia (19,7%), em Mossoró — as duas maiores cidades do RN. As internações apresentaram leve variação anual: 461 em 2020; 537 em 2021; 520 em 2022; 468 em 2023; e 484 em 2024.
As hospitalizações por doenças do apêndice em crianças e adolescentes no RN ocorreram, nesse espectro, com maior incidência entre meninos de 10 a 14 anos, em consonância com a literatura. Os dados revelam uma centralização do serviço à cirurgia pediátrica por doença de Apêndice, o que além de sobrecarregar as instituições leva a uma dificuldade de acesso geográfica ao serviço especializado. Tendo em vista tal situação, urge, portanto, que haja uma reorganização da rede assistencial, com foco na regionalização e na equidade [2].
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