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COBERTURA VACINAL DAS DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE

Autor Principal

Maria Júlia Toscano de Azevedo Santos

Autores

Maria Fernanda Alves Guerra Gomes Cruz, Fernanda da Fonseca Emerenciano, Maria Eduarda Andrade Amorim, Letícia Filgueira de Oliveira Lima

Instituições

Universidade Potiguar (UnP)

Introdução

As doenças exantemáticas constituem um grupo de infecções caracterizadas por manifestações cutâneas como máculas e pápulas, sendo os vírus os principais agentes etiológicos, com maior prevalência na infância. A introdução das vacinas representou um marco na saúde pública, promovendo redução expressiva da incidência e da mortalidade associadas a essas doenças. No entanto, lacunas na cobertura vacinal, hesitação vacinal e ressurgimento de surtos ainda persistem em diferentes regiões do Brasil.

Objetivos

O presente trabalho objetiva analisar a cobertura vacinal das doenças exantemáticas no país e sua relação com a incidência e a mortalidade nos últimos anos.

Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico de série temporal, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações e no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, vinculado ao DATASUS. Foram analisadas as coberturas vacinais da tríplice viral, varicela e sarampo no Brasil, entre Janeiro de 2013 e Dezembro de 2023.

Resultados

Observou-se aumento na cobertura da vacina tríplice viral, com a primeira dose atingindo 96,34% em 2024, ante 88,84% em 2023, enquanto a segunda dose manteve-se em 77,67% nos dois anos avaliados. Em contrapartida, a vacinação contra a varicela apresentou leve redução, passando de 71,54% em 2023 para 70,89% em 2024. Quanto à incidência, foram notificados mais de 250 mil casos de varicela no país, com declínio progressivo após a introdução da vacina em 2013. Em 2015, registraram-se 68.219 casos, número que caiu para 7.546 em 2022, representando uma redução aproximada de 88,9%. O sarampo, que teve apenas um caso registrado em 2016, voltou a circular em 2018, resultando em 9.329 casos e 40 óbitos entre 2015 e 2022, evidenciando o impacto do ressurgimento da doença em decorrência de lacunas vacinais.

Conclusão

Os dados evidenciam que a vacinação foi determinante para a redução da incidência e mortalidade das doenças exantemáticas no Brasil. Apesar dos avanços, a diferença entre as doses da tríplice viral, a queda da cobertura vacinal contra a varicela e o ressurgimento do sarampo demonstram a necessidade de intensificação de ações de vigilância, campanhas de sensibilização e estratégias para superar a hesitação vacinal, garantindo a manutenção dos resultados obtidos e prevenindo novos surtos.

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