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ANÁLISE DO PERFIL DE MORTALIDADE POR SARCOMA DE KAPOSI NO RIO GRANDE DO NORTE

Autor Principal

Maria Júlia Toscano de Azevedo Santos

Autores

Maria Fernanda Alves Guerra Gomes Cruz, Fernanda da Fonseca Emerenciano, Maria Eduarda Andrade Amorim, Letícia Filgueira de Oliveira Lima

Instituições

Universidade Potiguar (UnP)

Introdução

O sarcoma de Kaposi (SK) é um tumor vascular caracterizado pelo crescimento anormal de células endoteliais e associado a infecção pelo vírus herpes humano tipo 8. Embora sua incidência seja relativamente baixa, o SK apresenta relevância clínica significativa, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, como pacientes vivendo com HIV/AIDS. O comportamento epidemiológico do sarcoma de Kaposi varia conforme fatores demográficos e socioeconômicos, refletindo a complexa interação entre predisposição genética, infecção viral e status imunológico do indivíduo.

Objetivos

O presente trabalho objetiva analisar o perfil de óbitos por SK no Estado do Rio Grande do Norte (RN).

Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico de série temporal, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, vinculado ao DATASUS. Foram analisadas as notificações de mortalidade por SK no RN, entre Janeiro de 2013 e Dezembro de 2023, com as seguintes variáveis: número de óbitos, coexistência com HIV, municípios do Estado, idade, sexo e escolaridade.

Resultados

Entre 2013 e 2023, foram notificados 18 óbitos por SK no RN, evidenciando um aumento de 25% na mortalidade. A maioria dos óbitos esteve associada à infecção pelo HIV, correspondendo a 14 casos do total. O município com maior número de mortes foi Natal, com 3 casos (16,66%), seguido por Parnamirim e Macaíba, com 2 óbitos por localidade (11,11%). A faixa etária predominante foi de 50 a 59 anos, com 6 óbitos (33,3%), seguida pelo grupo de 80 anos ou mais, com 3 casos (16,66%). 11 óbitos ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 7 no sexo feminino. Quanto à escolaridade, 7 pacientes (38,88%) tinham de 1 a 3 anos de estudo e 5 (27,77%) possuíam de 8 a 11 anos de escolaridade.

Conclusão

Conclui-se que a mortalidade por SK no RN está concentrada em homens que vivem com HIV, na faixa etária de 50 a 59 anos e com menor nível de escolaridade. O aumento progressivo dos óbitos ao longo dos anos ressalta a importância da vigilância epidemiológica e da implementação de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e manejo clínico adequado. Os achados reforçam a necessidade de políticas públicas direcionadas à educação em saúde, ao acesso a serviços especializados e à conscientização sobre fatores de risco, visando reduzir a mortalidade pelo SK no Estado.

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