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ENDOCARDITE E CIRURGIA DE SUBSTITUIÇÃO DA VALVA AÓRTICA EM PACIENTES COM ESTENOSE

Autor Principal

SARAH NOEMY ULISSES VICTOR

Autores

PEDRO HENRIKY CAMPOS E SILVA, SARAH NOEMY ULISSES VICTOR

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Introdução

Doenças cardiovasculares, como a estenose aórtica (EAo), são a principal causa de morbimortalidade global. Para pacientes em estágio D, a substituição da válvula aórtica (AVR) é o único tratamento capaz de alterar a história natural da doença. A substituição cirúrgica (SAVR) é o padrão-ouro, com evidências de durabilidade, enquanto o implante transcateter (TAVR) é a opção preferencial para pacientes de alto risco devido à sua natureza menos invasiva. A endocardite infecciosa em prótese valvar (EIPV) é uma complicação pós-operatória devastadora associada a alta mortalidade, e o risco de endocardite é elevado em pacientes com válvulas protéticas.

Objetivos

O objetivo desta revisão é analisar e sintetizar o conhecimento atual sobre SAVR e TAVR e a epidemiologia da EIPV pós-operatória.

Métodos

A busca por artigos científicos foi realizada na base de dados PubMed. As estratégias de busca incluíram revisões sobre conceitos e diretrizes de EAo e SAVR, e estudos específicos que comparam TAVI (TAVR) e SAVR e a ocorrência de endocardite. A seleção foi feita após análise de títulos e resumos, seguida pela leitura completa dos textos.

Resultados

Pacientes submetidos ao TAVR tendem a ser mais idosos (média de 81,1 anos) do que aqueles submetidos à SAVR mecânica (média de 56,5 anos), e apresentam maior prevalência de comorbidades. Próteses biológicas foram consistentemente associadas a um risco significativamente maior de EI (3,4%) em comparação com válvulas mecânicas (1,9%). Em coortes suíças, a incidência de EI demonstrou a hierarquia TAVI (7,82) > bioSAVR (6,42) > mechSAVR (4,13). O período peri-procedural (0–3 meses) concentra o maior risco de EI. A EI precoce (≤12 meses) foi mais frequente no TAVR (64,8%) do que nas biopróteses cirúrgicas (44,8%). Complicações da EI incluíram insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. A mortalidade em 1 ano após a EI foi similar e alta tanto em pacientes pós-TAVR (44,8%) quanto em pacientes pós-bioprótese cirúrgica (46,5%).

Conclusão

Existe uma hierarquia clara de risco de EI: TAVR > bioSAVR > mechSAVR, confirmando que próteses biológicas, cirúrgicas ou transcateter, apresentam risco maior do que as mecânicas. A incidência de EI é mais alta no TAVR no período precoce (54,7%), sugerindo a importância de rigor preventivo no acesso intervencionista. O prognóstico de curto prazo é similarmente grave, com mortalidade em 1 ano alta e equivalente entre EI pós-TAVR e EI pós-biopróteses cirúrgicas. A decisão da substituição valvar deve equilibrar os riscos de EI e reoperação (associados a TAVR e bioSAVR) contra os riscos de sangramento e AVC isquêmico (associados à mechSAVR).

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