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Intervalo entre Diagnóstico e Início do Tratamento do Câncer de Mama no Brasil: Disparidades Regionais entre 2020 e 2024

Autor Principal

Júlia Rosa Diniz

Autores

Júlia Rosa Diniz, Luís Felipe Barbosa da Silva e Maria Clara Santos Mello

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Introdução

O câncer de mama é o tipo de neoplasia mais incidente entre mulheres no Brasil, e o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento é um determinante crítico para o prognóstico e a sobrevida das pacientes. A Lei nº 12.732/2012 estabelece o prazo máximo de 60 dias para início da terapia oncológica, mas o cumprimento dessa normativa ainda enfrenta desafios.

Objetivos

O presente estudo teve como objetivo analisar o intervalo entre a confirmação diagnóstica e o início do tratamento do câncer de mama no Brasil, no período de 2020 a 2024.

Métodos

Trata-se de uma investigação epidemiológica de delineamento ecológico e descritivo, baseada em dados secundários de domínio público do Painel-Oncologia do DATASUS, que reúne informações do Sistema de Informação Ambulatorial, Hospitalar e de Câncer (SIA, SIH e SISCAN). Foram avaliados 297.419 casos novos no Brasil, estratificados por região geográfica e pelo tempo de início da terapia: até 60 dias, superior a 60 dias e ausência de registro.

Resultados

Os resultados apontam que 33,93% das pacientes iniciaram o tratamento dentro do prazo legal, 42,65% após 60 dias e 23,42% não possuíam informação registrada. Observou-se forte desigualdade regional: o Sul apresentou o melhor desempenho (40,16% até 60 dias) e o Nordeste o pior (30,87%).

Conclusão

Esses achados revelam baixa adesão à legislação vigente e indicam desigualdades estruturais no acesso aos serviços de saúde como ao tratamento oncológico, além de fragilidades na coleta e registro de dados. Conclui-se que a garantia do início oportuno da terapia ainda é um desafio nacional, demandando políticas públicas de saúde que reduzam as disparidades regionais e fortaleçam a vigilância epidemiológica para controle mais equitativo do câncer de mama no país.

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