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Prevalência e fatores sociodemográficos da Artrite/Reumatismo em pessoas adultas e idosas no Rio Grande do Norte: PNS, 2019

Autor Principal

Natália Guedes Vinagre Solera

Autores

Mariana Calazans de Lucena; Pedro Rodrigo Silva Caldas; Diôgo Vale; Katiane Fernandes Nóbrega

Instituições

Universidade Potiguar - UNP

Introdução

A artrite ou reumatismo constitui um grupo de condições crônicas que impactam significativamente a qualidade de vida e a capacidade funcional da população. Compreender a distribuição dessa prevalência por variáveis sociodemográficas é crucial para o planejamento de políticas públicas e intervenções em saúde.

Objetivos

O presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência do diagnóstico médico de artrite ou reumatismo em pessoas de 18 anos ou mais no Brasil e Nordeste, com foco no Rio Grande do Norte e na capital Natal.

Métodos

Estudo do tipo Ecológico utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019. A prevalência (%) e seu respectivo Intervalo de Confiança de 95% (IC95%) foram obtidos de tabelas consolidadas da PNS 2019 para as variáveis sexo, grupo de idade, cor ou raça, nível de instrução, força de trabalho e faixas de rendimento mensal domiciliar per capita. Foram consideradas diferenças estatisticamente significativas entre as categorias aquelas em que os IC95% não se sobrepuseram.

Resultados

A prevalência média no Brasil em 2019 foi de 7,6% (IC95%: 7,3-7,9), sendo 7,0% (IC95%: 6,6-7,4) no Nordeste, 8,4% (IC95%: 7,4-9,5) no Rio Grande do Norte e 10,6% (IC95%: 8,5-13,0) em Natal (RN). A análise por variáveis sociodemográficas revelou disparidades importantes: a prevalência foi significativamente maior no sexo feminino em todas as regiões (Brasil: 11,0% vs. Masculino: 3,7%) ; houve um aumento significativo com a idade, sendo o grupo de 60 a 64 anos o de maior prevalência em Natal (35,9%; IC95%: 24,6-49,0), significativamente maior que o grupo de 30 a 59 anos (8,6%; IC95%: 6,2-11,8) ; o nível de instrução mais baixo ("Sem instrução e fundamental incompleto") apresentou prevalência significativamente maior no Brasil (11,7%; IC95%: 10,9-12,4) do que nos grupos com ensino médio ; o grupo "fora da força de trabalho" (13,5% no Brasil) registrou prevalência significativamente mais alta que o grupo "ocupada" (4,8% no Brasil) ; e, em termos de renda, em Natal, o grupo de renda mais alta ("mais de 5 salários mínimos") apresentou prevalência significativamente maior (21,8%) que o grupo de renda mais baixa ("Sem rendimento até 1/4 do salário mínimo" - 2,1%).

Conclusão

Os resultados apontam um padrão de maior vulnerabilidade para mulheres, idosos e pessoas com menor nível de escolaridade. Isso destaca para a necessidade de políticas de saúde direcionadas que considerem as disparidades regionais e os determinantes sociais da saúde, como o nível de instrução e a inserção no mercado de trabalho, para mitigar o impacto da artrite/reumatismo na população adulta e idosa brasileira.

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