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Neuroimunomodulação do eixo cérebro–intestino na fisiopatogênese das doenças inflamatórias intestinais

Autor Principal

Isabelle da Fonseca Soares Rodrigues

Autores

Lyvia Fernandes de Carvalho Ana Luiza da Silva Melo Pontual Orientador: Dr. Fernando Freire Lisboa

Instituições

UNP- Universidade Potiguar Departamento de Cirurgia, UFRN

Introdução

O eixo cérebro–intestino constitui um sistema bidirecional altamente complexo que integra redes neurais centrais e entéricas, eixo hipotálamo–hipófise–adrenal (HPA), imunidade mucosa e microbiota intestinal. Disfunções nesse eixo modulam respostas neuroimunes, perpetuam inflamação intestinal crônica e favorecem comorbidades neuropsiquiátricas em doença de Crohn e retocolite ulcerativa, formando um circuito patogênico neuroimunoendócrino crítico. A compreensão desses mecanismos é essencial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas inovadoras e intervenções multimodais em DII.

Métodos

Revisão narrativa crítica da literatura publicada entre 2019–2025 nas bases PubMed, Web of Science e SciELO. Foram incluídos artigos originais, revisões sistemáticas e ensaios clínicos que avaliaram interações entre eixo cérebro–intestino, disbiose intestinal, moduladores neuroimunes e potenciais intervenções terapêuticas. A análise enfatizou mecanismos moleculares, vias neuroendócrinas, sinais de retroalimentação inflamatória e correlações translacionais com desfechos clínicos e comportamentais.

Resultados

Fatores psicossociais, como estresse crônico, depressão grave e ansiedade, promovem hiperativação do eixo HPA, hipersimpaticotonia e hipovagalismo, resultando em secreção exacerbada de cortisol e citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-6), comprometendo a integridade da barreira intestinal e favorecendo disbiose¹–³. A inflamação intestinal retroalimenta neuroinflamação sistêmica, intensificando déficits cognitivos, alterações comportamentais, disfunções autonômicas e exacerbação da sintomatologia clínica⁴. Intervenções de estimulação vagal, invasiva ou transcutânea, demonstram capacidade de modular reflexo colinérgico anti-inflamatório e reduzir biomarcadores inflamatórios, embora dados clínicos permaneçam preliminares.

Conclusão

O eixo cérebro–intestino atua como núcleo integrador da neuroimunologia, microbiota e neuropsiquiatria em DII, constituindo alvo estratégico para abordagens terapêuticas multimodais. A convergência de imunomodulação farmacológica, suporte psicoterapêutico, neuromodulação e manipulação da microbiota representa fronteira translacional promissora, demandando validação em ensaios multicêntricos randomizados de longo prazo, com monitoramento de desfechos clínicos, imunológicos e comportamentais.

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