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Comparação das Taxas de Remissão do Diabetes Mellitus Tipo 2 Após Bypass em Y de Roux e Gastrectomia Vertical: Revisão Integrativa da Evidência Atual

Autor Principal

Ana Beatriz Alves de Andrade

Autores

Bruna Angélica Moura Paiva de Albuquerque Letícia Tavares Guerra

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Natal

Introdução

O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2), quando associado à obesidade, intensifica a resistência à insulina, agravando o desequilíbrio glicêmico e as complicações metabólicas. Nesse contexto, a cirurgia metabólica tem se consolidado como estratégia terapêutica relevante no manejo do controle glicêmico. Entre os procedimentos, destacam-se o Bypass Gástrico em Y de Roux (RYGB) e a Gastrectomia Vertical (GV), com efeitos metabólicos significativos e potencial de remissão do DM2. Apesar dos avanços na literatura, ainda não há consenso quanto ao impacto diferencial de cada técnica nas taxas de remissão do DM2. Diante da ampla adoção desses procedimentos, é fundamental comparar seus desfechos metabólicos com base na evidência científica atual.

Métodos

Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, em agosto de 2025, na base PubMed. Foram utilizados os descritores: "Diabetes mellitus, type 2", "Bariatric surgery", "Sleeve gastrectomy", "Gastric bypass Roux-en-Y" e "Disease remission”. A seleção contemplou artigos em português e inglês publicados entre 2020 e 2025. A análise dos textos buscou identificar os critérios de inclusão: artigos originais que abordassem taxas de remissão do DM2 após RYGB e GV. Excluíram-se estudos sem análise específica dos parâmetros alvos relacionados à remissão do DM2. 47 trabalhos foram selecionados para leitura completa, dos quais 26 foram incluídos na amostra final.

Resultados

Entre os artigos incluídos, 14 (53,8%) evidenciaram maior taxa de remissão após o RYGB, enquanto 12 (46,2%) relataram benefício superior com a GV. 16 estudos (61,5%) descreveram redução significativa da HbA1c e da necessidade de medicamentos. Além disso, 4 trabalhos destacaram a queda da glicemia de jejum como marcador de eficácia. Fatores pré-operatórios, como necessidade prévia de insulina, idade, IMC e valores de HbA1c, bem como o grau de perda ponderal pós-cirurgia, mostraram-se determinantes para remissão sustentada. Apesar da divergência entre os achados — possivelmente devido a diferenças metodológicas e de perfil dos pacientes — observa-se tendência de superioridade do RYGB.

Conclusão

Assim, a cirurgia metabólica de RYGB é comparativamente mais eficaz do que a GV no controle glicêmico. Diante da crescente prevalência de obesidade associada ao DM2, é essencial definir a técnica cirúrgica mais adequada, considerando características clínicas, comorbidades e preferências do paciente. Ressalta-se a necessidade de acompanhamento prolongado para avaliar a manutenção da remissão, identificar possíveis recidivas e compreender as implicações clínicas associadas. Recomenda-se a realização de uma integração quantitativa dos estudos para superar limitações amostrais e divergências metodológicas observadas na literatura, contribuindo para decisões terapêuticas mais precisas.

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