Trabalho: SEGURANÇA DAS CABINES DE UNHAS COM LUZ ULTRAVIOLETA: EXISTE RISCO AUMENTADO DE CÂNCER DE PELE?

Autor Principal

Maria Júlia Toscano de Azevedo Santos

Autores

Letícia Alves de Oliveira

Instituições

Universidade Potiguar (UnP)

Introdução

O uso de cabines de unhas com luz ultravioleta (UV) tornou-se uma prática comum na aplicação de unhas em gel ou esmaltes fotopolimerizáveis, devido à praticidade e aos resultados duradouros. No entanto, surgem questionamentos acerca dos possíveis efeitos adversos da exposição repetida à radiação UV, incluindo danos cutâneos e potencial risco de desenvolvimento de câncer de pele.

Objetivos

O presente trabalho objetiva avaliar a segurança do uso das cabines de unhas com luz UV, investigando a possibilidade de aumento do risco carcinogênico associado a essa prática.

Métodos

Consiste em uma revisão integrativa da literatura, na qual se utilizou bases de dados PubMed, BVS e SciELO. Para a pesquisa, utilizou-se os descritores indexados “Ultraviolet Rays”, “Nails” e “Skin Neoplasms” juntos ao operador booleano AND para relacionar as palavras. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas inglês e português, que abordassem acerca da exposição à radiação UV das cabines de unhas e o risco de câncer de pele.

Resultados

Estudos indicam que as cabines de unhas emitem níveis de radiação UV inferiores aos da exposição solar direta, porém suficientes para ocasionar danos cutâneos cumulativos ao longo do tempo. Regiões frequentemente expostas, como mãos e áreas adjacentes às unhas, demonstram maior vulnerabilidade a esses efeitos. O risco é potencializado em indivíduos com fototipos cutâneos claros, histórico familiar de câncer de pele ou exposição concomitante ao sol em períodos de alta incidência de radiação UV, como no verão. A exposição repetida, mesmo que breve em cada sessão, pode resultar em alterações celulares acumulativas, aumentando o potencial de mutações genéticas e carcinogênese.

Conclusão

Embora cada sessão de cabine de unhas envolva exposição relativamente breve à radiação UV, a exposição acumulada pode induzir danos celulares irreversíveis, favorecendo mutações genéticas e aumentando o risco de câncer de pele. Esses achados reforçam a necessidade de conscientização sobre medidas de proteção, como o uso de protetores solares, luvas específicas ou a limitação da frequência de uso das cabines, especialmente em indivíduos mais suscetíveis.

SEGURANÇA DAS CABINES DE UNHAS COM LUZ ULTRAVIOLETA: EXISTE RISCO AUMENTADO DE CÂNCER DE PELE?