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AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM DERMATITE ATÓPICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autor Principal

Maria Júlia Toscano de Azevedo Santos

Autores

Letícia Alves de Oliveira

Instituições

Universidade Potiguar (UnP)

Introdução

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por prurido intenso, lesões eczematosas e disfunção da barreira cutânea. A inflamação persistente, associada ao estresse oxidativo induzido pela doença, promove um estado pró-inflamatório sistêmico, favorecendo o surgimento de alterações vasculares. Nesse contexto, a avaliação do risco cardiovascular (RCV) em pacientes com DA torna-se fundamental, especialmente diante da crescente prevalência dessa condição em diferentes faixas etárias.

Objetivos

O presente estudo objetiva identificar e compreender de que forma a inflamação crônica associada à DA pode influenciar o RCV.

Métodos

Consiste em uma revisão integrativa da literatura, na qual se utilizou bases de dados PubMed, BVS e SciELO. Para a pesquisa, utilizou-se os descritores indexados “Atopic Dermatitis”, “Heart Disease Risk Factors” e “Cardiovascular Diseases”, juntos ao operador booleano AND para relacionar as palavras. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas inglês e português, que abordassem acerca da relação entre DA e RCV.

Resultados

Pacientes com DA apresentaram uma maior prevalência de fatores de risco tradicionais, como hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade e resistência insulínica, em comparação com indivíduos sem a doença. Estudos de coorte sugerem que pacientes com DA moderada a grave possuem um risco aumentado de eventos cardiovasculares maiores, incluindo arritmias, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, a gravidade da dermatite correlaciona-se com a presença de alterações vasculares detectáveis por exames de imagem, como o aumento da espessura da íntima-média carotídea.

Conclusão

Os achados desta revisão sugerem que pacientes com DA apresentam um RCV mais elevado, evidenciando a necessidade de uma abordagem interdisciplinar no manejo da doença. A implementação de avaliações periódicas do RCV e a adoção de estratégias de prevenção personalizadas são essenciais para reduzir complicações cardiovasculares a longo prazo e promover uma gestão mais eficaz da saúde desses pacientes.

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